TEORIA DA CONTABILIDADE

14/06/2010

Artigo 05

Filed under: Teoria da Contabilidade — paulamendonca @ 12:23

Bom, esse artigo será o último postado até a entrega do endereço do blog ao Prof. Alexandre Bossi, e é de minha autoria. Sou graduada em Gestão Empresarial, MBA em Controladoria e Auditoria e estudante de Ciências Contábeis, 2º período, UNA. Espero que gostem.

Obrigada!

Paula M.

Contabilidade e a Teoria da Contabilidade

A Ciência Contábil, desde seus primórdios, quando ainda não era conhecida como ciência pura, propõe-se a estudar e controlar o patrimônio, ou seja,  a riqueza da organização. Seu objetivo é claro e seu objeto de estudo, mais ainda. Através desse controle, a Contabilidade possibilita aos seus usuários a tomada de decisões da forma mais acertada possível, buscando a continuidade da empresa e sua boa saúde financeira.

Com o passar do tempo, a Contabilidade vem ganhando mais espaço dentro das empresas, pois é cada vez mais necessário, em um mundo competitivo, o uso de informações reais e lícitas, que realmente sejam o espelho da organização. A globalização contribuiu demasiadamente para esse avanço contábil, uma vez que com ela as grandes empresas se viram obrigadas a dar mais atenção aos relatórios contábeis, pois é através deles que o gestor saberá se a empresa está preparada para dar mais um passo à frente.

As demonstrações contábeis possuem grande importância na análise empresarial, uma vez que através delas é possível obter índices financeiros, econômicos e operacionais. Tais índices demonstram como está a situação da organização, qual é a margem de lucro, o grau de endividamento, o lucro operacional, dentro outros. O gestor, por sua vez, fará uso desses indicadores para preparar a empresa na busca das melhores soluções.

É devido a essa crescente importância dos relatórios produzidos pela Contabilidade na gestão das empresas, que o conhecimento contábil torna-se quase uma obrigação aos gestores, pois não basta que tais relatórios alcancem os gerentes, estes têm também que entendê-los. É nesse contexto que surge o papel do controller, o chamado controlador, “executivo financeiro responsável principalmente pelas contabilidades gerencial e financeira”, segundo o Dicionário de Contabilidade, de Sérgio de Iudícibus, José Carlos Marion e Elias Pereira.

Dentro desse contexto, a Teoria da Contabilidade possui papel fundamental, pois é através dela que a prática contábil busca seu embasamento. É a Teoria que dita o como fazer da Contabilidade, que dispõe à Contabilidade as Normas que regulamentam a conduta e os Princípios que subsidiam a prática contábil. Em uma ciência, é impossível separar a teoria da prática, ambas têm que andar juntas, a primeira fornecendo base para a segunda. Na elaboração das demonstrações contábeis, por exemplo, se não houvesse o embasamento das normas, não haveria padronização, o que dificultaria sua análise e o entendimento por parte dos usuários.

A estrutura da Teoria Contábil brasileira é definida pelo CFC, Conselho Federal de Contabilidade, órgão que normatiza e fiscaliza o exercício da profissão contábil. É ele quem regula os princípios contábeis e edita as NBC, Normas Brasileiras de Contabilidade. O CPC, Comitê de Pronunciamento Contábil, tem também um papel muito importante na Teoria Contábil, pois é o órgão que busca a convergência das normas brasileiras às normas internacionais. Tal convergência tem o objetivo de reduzir custos na elaboração de relatórios contábeis, reduzir riscos e custos nas análises e decisões, dentre outros.

As NBC são requisitos para o exercício da profissão contábil e caracterizam-se por um conjunto de regras e procedimentos de conduta. Sua estrutura classifica-se em Normas Profissionais e Normas Técnicas. As Profissionais são as gerais, do auditor independente e interno e do perito, e estabelecem regras de exercício profissional, enquanto as Técnicas são as societárias, do setor público, dentre outros, e estabelecem conceitos doutrinários e procedimentos aplicados à Contabilidade.

Os princípios contábeis são os chamados pilares da Contabilidade, fornecem a base para a elaboração de toda teoria contábil e são chamados também de núcleo central da estrutura contábil. A Resolução CFC 774/94 regulamenta os Princípios Fundamentais da Contabilidade, os quais possuem algumas características como universalidade e a não possibilidade de hierarquização, ou seja, não existe um princípio que seja mais importante que o outro. São eles: Princípio da Entidade, Continuidade, Oportunidade, Registro pelo Valor Original, Atualização Monetária, Competência e Prudência.

Dentro desse contexto torna-se clara a importância da Teoria Contábil para a prática da Contabilidade, pois, como diz o ditado popular: “Teoria é quando tudo se sabe, mas nada funciona; Prática é quando tudo funciona e ninguém sabe por quê.” Acredita-se que o alvo de toda profissão seja o trabalho em busca de um objetivo satisfatório para todos os envolvidos, e em Contabilidade não é diferente. A prática contábil aliada à teoria fundamenta o trabalho e garante bons frutos.

Referências:

IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos; PEREIRA, Elias. Dicionário de Contabilidade. 2ª edição. Ed. Atlas.

NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE, em vigor

Artigo 04

Filed under: Teoria da Contabilidade — paulamendonca @ 12:08

Olá! Esse artigo foi escrito por André Charone Tavares Lopes, estudante de Ciências Contábeis da Faculdade Ideal, sócio-diretor do escritório Belém Contabilidade Ltda, autor de diversos artigos na área contábil, empresarial e educacional, e membro da ACIN, Associação Científica Internacional Neopatrimonialista, e está disponível no portal da Artigonal, Diretório de Artigos Gratuitos. “Ragioneria” é Contabilidade em italiano.

Da Ragioneria à Contabilidade – Um tributo à Escola Italiana

O historiador e escritor escocês Thomas Carlyle imortalizou a frase “nenhum grande homem vive em vão. A história do mundo não é senão a biografia dos grandes homens”. De modo semelhante, a história das Ciências Contábeis está intimamente ligada aos feitos e contribuições de personalidades que se destacaram como vitais para o fortalecimento da Contabilidade.

Incontáveis horas seriam necessárias para ler este artigo se me propusesse a enumerar aqui todos os notáveis estudiosos que se destacaram no universo acadêmico e científico da contabilidade. Contento-me, deste modo, a restringir este texto a uma singela homenagem aos nossos pioneiros italianos, responsáveis pela consolidação das ciências contábeis.

De modo semelhante a Brás Cubas (personagem literário de Machado de Assis), irei iniciar a história pelo seu fim. Embora deveras grandes autores ainda sofram influência da Escola Italiana e muito ainda tenhamos a aprender com as obras destes, a mesma começou a perder espaço nas academias de contabilidade a partir do início do século XX, mais precisamente por volta de 1920, quando se intensificou a ascensão econômica dos Estados Unidos da América. Fato este dado principalmente pelo empobrecimento dos países europeus durante o final da Primeira Guerra Mundial. No Brasil, já na década de 1970 já se percebiam fortes influências da Escola Norte – Americana nas academias e na legislação (a lei 6.404/76, no tangente à contabilidade, é um exemplo).

A disseminação da Escola Americana serviu para consertar algumas falhas dos trabalhos de alguns escritores Italianos, em especial no que tange a fatores como, de acordo com a maioria dos autores atuais, a “extrema prolixidade” de seus trabalhos, a queda da qualidade no ensino das instituições e a falta da devida atenção à auditoria. O fato, entretanto, é que são inegáveis, até mesmo para o mais “fanaticamente americano” dos estudiosos contábeis, a importância das obras italianas para a construção da história científica da contabilidade.

A migração, nos primeiros anos do século XX, de muitos italianos ao Brasil trouxe consigo um grande salto no desenvolvimento do modo de se pensar e trabalhar o ensino comercial, o qual era, e por vezes parece-me que ainda o é, subestimado por uma sociedade mais preocupada com títulos de nobreza e posições aristocráticas do que com a educação em si.

Foi nesta época que alguns dos maiores professores de Ciências Contábeis do período passaram a adotar as metodologias italianas em seus cursos. Sem esgotar o assunto, destacam-se alguns nomes como os de Francisco D´Auria, Horácio Berlinck, Francisco Hermann Júnior, Milton Improta e Antenor da Silva Negrine.

Após demonstrada, ainda que brevemente, algumas influências da Escola Italiana no Brasil, proponho que voltemos para o princípio e passemos a seguir uma ordem de estudo um pouco mais cronológica.

Por princípio, refiro-me ao “gênesis” de todo o conhecimento científico contábil: A publicação na cidade de Veneza, em 10 de novembro de 1494, da célebre obra de Luca Pacioli “Summa de Arithmetica, Geometria proportioni et propornalitá”, a primeira obra da qual se tem notícia a registrar o método das partidas dobradas. O Monge Franciscano Luca Bartolomeo de Pacioli, o qual fora educado pelo matemático Dominico Bragadino e foi o primeiro professor de matemática da Universidade de Perugia, é considerado o pai da contabilidade moderna por ter sido pioneiro ao publicar em um livro o método das partidas dobradas, ressalta-se, no entanto, que existem registros da utilização deste muito antes da publicação da obra de Pacioli (o comerciante Benedetto Cotrugli, por exemplo, realizou em 1458 um manuscrito de 160 páginas que continha o método publicado em “Summa”).

Como primeiro expositor do método das partidas dobradas, Pacioli foi o grande iniciador da primeira escola de pensamento contábil, o Contismo. Para os adeptos desta corrente, a principal preocupação da Contabilidade seria com o processo de escrituração e com as técnicas de registro através das contas.

A Escola Contista permaneceu soberana até a segunda metade do século XIX, período em que surge no cenário contábil a Escola Personista, passando a dar personalidade às contas de modo a melhor expor as relações de direitos e obrigações.

Dentre os primeiros idealizadores desta teoria destaca-se Francesco Marchi (1822/1871), autor de I Cinquecontisti, livro no qual afirmava que deveriam haver em uma entidade econômica a interação entre pelo menos quatro  grupos de pessoas: O Proprietário, O Administrador, Os Agentes Consignatários e os Correspondentes.

O maior contribuidor para o fortalecimento da teoria personalista, no entanto, fora Giuseppe Cerboni (1827/1917), produzindo trabalhos mais científicos e fundamentando a teoria em axiomas.

A Escola Personalista tornou-se importante para a história da Contabilidade por ter sido nela a primeira vez em que a ciência contábil passou a ser abordada pelo seu aspecto informacional no processo de gestão das entidades.

Por volta de 1915, surge no cenário contábil o Neocontismo, escola que reforçou o objeto de estudo da contabilidade como o patrimônio ou, melhor dizendo, a riqueza patrimonial. Para os neocontistas, a principal função da contabilidade era a de registrar e classificar as contas e não a de demonstrar os aspectos econômicos e gerenciais oriundos destas.

As teorias neocontistas baseavam-se na equação fundamental da contabilidade (ATIVO – PASSIVO = PATRIMÔNIO LÍQUIDO) para explicar a dinâmica do balanço, evidenciada pelos fatos permutativos e modificativos. Dentre as contribuições da Escola Neocontista, destacam-se a divisão do Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido no Balanço Patrimonial, assim como a apresentação de regras para a sua exposição (pelo grau de liquidez ou disponibilidade no Ativo e de exigibilidade no Passivo).

A próxima corrente de pensamento que predominou na Escola Italiana foi a do Controlismo, defendida por, dentre outros célebres autores, Fábio Besta, o qual entendia que a contabilidade deveria estabelecer um ponto de partida para tornar possível a análise dos resultados da gestão, evidenciar os fatos ocorridos e, por fim, demonstrar os resultados para aprovação ou rejeição dos gestores.

Seguindo na linha do tempo histórica da contabilidade, nos deparamos com a Escola Aziendalista, a qual possui como principal representante Guino Zappa, expositor da importância do estudo Contábil para a manutenção da vida das Aziendas, como se nota em obras tais quais La determinazione del reddito nelle imprese. I valori di conti in relazione alla formazione dei balanci.

Por volta de 1926, ganha destaque, na Itália e no resto do mundo, a Escola Patrimonialista, considerada por muitos autores como a principal corrente doutrinária da Escola Italiana de Contabilidade. Define o patrimônio como o objeto da Contabilidade, sendo este a grandeza real que se transforma com a evolução das atividades econômicas.

O Patrimonialismo surgiu, em quase sua totalidade, através dos esforços e pesquisas do Professor da cidade de Bolonha, natural de Rimini, Vicenzo Masi. As suas obras destacam-se por apresentar um valor científico único, utilizando de fundamentos teóricos absorvidos pelo autor através de estudos das obras de, dentre outros, Villa, Besta e Rossi.

No Brasil, um dos principais defensores da corrente patrimonialista foi o ilustre prof. Francisco D’áuria, o qual chegou até mesmo a explanar sobre tal no VI Congresso Internacional de Contabilidade, em 1929.

As sementes plantadas pelos autores patrimonialistas ainda dão frutos de inigualável importância para contabilidade. O maior exemplo é, sem dúvidas, a criação da doutrina científica neopatrimonialista pelo Prof. Antônio Lopes de Sá, a qual se consolida como, atualmente, a mais moderna corrente científica da contabilidade.

Como se percebe, a Escola Italiana e, obviamente, os estudiosos que através de muito esforço a construíram, são de inegável estima para a evolução doutrinária e científica da Contabilidade. Este artigo teve por finalidade ressaltar o trabalho destas mentes brilhantes que construíram a base sobre a qual exercemos nossas atividades profissionais, homenageando estes nossos célebres colegas que imortalizaram suas obras nas páginas da história do pensamento contábil.

Glossário

Filed under: Teoria da Contabilidade — paulamendonca @ 09:40

O post de hoje é o glossário de Contabilidade, um vocabulário de termos típicos da ciência com significados que facilitam o entendimento de todos os usuários. A maior parte dos termos eu tirei do site Empresas e Finanças-Como tudo funciona e do Dicionário de Termos de Contabilidade, de Sérgio de Iudícibus, José Carlos Marion e Elias Pereira, 2ª ed., Ed. Atlas. Vamos lá!

Ábaco

Um tipo de calculadora usado em operações aritméticas formado por um quadro com fios contendo esferas móveis (contas) que correspondem à magnitude de valores.

Contabilidade

Sistema que controla as transações que geram receita e despesa para o negócio. Ele utiliza os dados para criar relatórios que demonstram o status financeiro e o status de tarefas do negócio.

Custo x Despesa

Tem muita gente que acha que custo e despesa é a mais coisa. Em finanças, não é. Todo o gasto relacionado ao processo produtivo do seu negócio é custo (por exemplo, gastos com farinha e fermento para produzir pães, em uma padaria), todos os outros gastos (por exemplo, o salário do caixa) são despesas.

Escrituração Contábil

Processo de inserção de dados dentro do sistema contábil, incluindo valores, data e origem de cada receita ou despesa. Nenhum sistema contábil funciona sem uma escrituração contábil confiável.

Fluxo de Caixa

Resumo da origem e uso de dinheiro da empresa. Um relatório de fluxo de caixa mostrará as mudanças na sua posição de caixa durante um período de tempo.

Investimento

São os gastos necessários para iniciar as operações do seu negócio. Por exemplo, para montar uma lan-house você precisa comprar computadores, impressoras, fazer uma reforma no local, etc… ou seja, todo o gasto efetuado antes da abertura do seu negócio é chamado de investimento.

Auditoria Externa

É uma das atividades do contador (bacharel em Ciências Contábeis) que tem por objetivo, através do exame normal das demonstrações financeiras, expressar uma opinião sobre a sua propriedade e, assegurar que elas representem adequadamente a posição patrimonial e financeira, o resultado de suas operações e as origens e aplicações de recursos correspondentes aos períodos em exame, de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade, aplicados com uniformidade durante os períodos. Também conhecida como Auditoria Independente.

Balanço Patrimonial

Demonstração contábil fundamental constituída de duas partes: a coluna do lado direito, denominada Passivo e Patrimônio Líquido; a coluna do lado esquerdo, denominada Ativo. Conforme a Lei nº 6.404/76, no balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação da empresa. Antigamente era conhecido como Balanço Geral.

Tempestividade

Qualidade da informação contábil que se refere, em essência, ao fato de que as informações e demonstrações contábeis, para serem úteis para os usuários, devem ser editadas em tempo hábil para que o tomador de decisão possa extrair o máximo de utilidade da informação para os propósitos a que se destina.

Termo de Abertura

Elemento de extrema importância e relevância na escrituração contábil. Indica o nome da empresa e o numero de páginas do respectivo livro, sua destinação e outras indicações complementares.

Ciclo Contábil

(1) Período de tempo, normalmente de um ano. Esta é a posição adotada pela legislação, embora permita que a empresa utilize outro período, se o ciclo operacional exceder a um ano. (2) A seqüência de procedimentos contábeis que inicia no lançamento de diário das várias transações e eventos e termina com a elaboração das demonstrações financeiras e ajustes pós-balancete.

Ciência Contábil

Ciência nitidamente social quanto a suas finalidades, mas, como metodologia de mensuração, abarca tanto o social quanto o quantitativo. É social quanto às finalidades, pois, em última análise, por meio de suas avaliações do progresso de entidades, propicia melhor conhecimento das configurações de rentabilidade e financeiras, e, indiretamente, auxilia os acionistas, os tomadores de decisões, os investidores a aumentar a riqueza da entidade e, como conseqüência, as suas, amenizando-lhes as necessidades. É parcialmente social, como metodologia, em seus critérios valorativos, baseados em preços, valores e apropriações que envolvem grande dose de julgamento, subjetividade e incerteza, decorrentes do próprio ambiente econômico e social em que as entidades operam. É em parte quantitativa, em sua forma de materialização na equação patrimonial básica, que não admite desgarramentos de sua lógica formal: ATIVO = PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO.

Conselho Regional de Contabilidade

Órgão fiscalizador da profissão contábil no Brasil, está subordinado ao Conselho Federal de Contabilidade e tem como função elaborar os registros profissionais e fiscalizar o trabalho dos profissionais contábeis.

Consolidar Balanços

Ato de conjugar em um mesmo relatório as demonstrações de um grupo de sociedades sob um mesmo controle financeiro. Consolidar não significa simplesmente somar saldos de todas as contas entre as empresas de um mesmo grupo, unificando balanços. Há necessidade de cancelar as operações recíprocas entre as empresas do grupo, fazendo outros ajustes.

13/06/2010

Questionário

Filed under: Teoria da Contabilidade — paulamendonca @ 11:30

Olá, tudo bem?! Segue abaixo o questionário, ou FAQ (Frenquently Asked Questions). Espero que seja útil.

Obrigada.

Paula M.

1) O que é Teoria da Contabilidade?

(…) Consideramos assim justificados o entendimento de teoria da contabilidade como uma explicação abrangente ou conhecimento sistematizado da contabilidade, considerando esta como “a expressão, medida e análise de fenômenos e situações patrimoniais.”

2) Qual o desafio da Contabilidade?

A capacidade de capturar, primeiro, a ocorrência dos eventos econômicos que impactam em um determinado estado de riqueza, depois a de precificá-lo e, por último, de comunicar seus efeitos.

3) Em quais disciplinas a Contabilidade se apóia?

Direito, Economia, os Métodos Quantitativos e a Ciência da Informação.

4) Como era conhecida a Contabilidade antes de ciência?

Como um completo sistema de escrituração, que foi evoluindo de acordo com a necessidade de acompanhar a evolução do patrimônio das organizações e de controlar sua riquezas, ou seja, o “espírito capitalista”.

5) Qual outra civilização teve forte influência sobre a Contabilidade? E por quê?

Os árabes, pois iniciaram a utilização do conceito do zero e toda a lógica aritmética e algébrica, bem como o sistema numérico arábico.

6) Quem levou para o continente europeu as experiências e os conhecimentos adquiridos pelos árabes?

Leonardo Fibonacci, que em 1202 escreveu o precursor dos livros de escrituração, o “Líber Abaci”, popularizando também o sistema numérico arábico na Europa.

7) Segundo o artigo “Contabilidade: Aspectos Relevantes da Epopéia de sua Evolução”, a partir do final do século XVIII, houve um motivo que provocou mudança significativa na complexidade da Contabilidade. Qual foi?

Tal motivo foi o surgimento do gestor da empresa, ou gerente, como agente separado do proprietário, o que foi acentuado no século XX, quando surgiram as grandes organizações societárias. Essa separação de papéis acabou por determinar o (re)surgimento da Contabilidade Gerencial, que se desvincula da Financeira.

8) Qual a diferença entre a Teoria Normativa e a Teoria Positiva, na Contabilidade?

A Teoria Normativa apoiada no método dedutivo, faz hipóteses sobre o universo contábil e deriva prescrições de como a Contabilidade  deveria proceder  para maximizar a utilidade de informação para os variados tipos de usuários. Já a Teoria Positiva, foca aspectos mais restritos da fenomenologia contábil, estabelece hipóteses e testa através de métodos quantitativos, quase sempre, procurando entender o mundo contábil como ele é, por quê é e não como deveria ser. O ponto que as

9) Qual a diferença do Regime de Caixa e do Regime de Competência?

Regime de Caixa é o regime contábil que apropria as receitas e despesas no período de seu recebimento ou pagamento, respectivamente, independentemente do momento em que são realizadas.

A regra geral é a seguinte:

a) A despesa só é considerada Despesa Incorrida quando for paga, independente do momento que esta foi realizada. O que considera aqui é o momento que foi paga.

b) A receita só é considerada Receita Ganha quando for recebida, independente do momento que esta foi realizada. O que considera aqui é o momento que foi recebida.

Regime de Competência (do inglês accrual-basis) é o que apropria receitas e despesas ao período de sua realização, independentemente do efetivo recebimento das receitas ou do pagamento das despesas.

10) Qual é o objeto e o objetivo da Contabilidade?

O objeto da Contabilidade é o patrimônio, o contexto formal da estrutura patrimonial que vai se alterando à medida em que ocorrem variações nos eventos contábeis. Já os objetivos(o que fazer, aonde chegar) são registrar essas variações, transmitir de forma inteligível as informações aos usuários da Contabilidade, de acordo com suas necessidades.

11) Como é a comunicação entre os usuários da Contabilidade?

Existe uma necessidade de comunicação clara entre o transmissor e o receptor das informações contábeis, na qual o usuário entenda claramente o que a linguagem contábil quer transmitir. Contudo, os estudos nessa área da Semiótica Contábil ainda estão sendo desenvolvidos, não há nada conclusivo por enquanto.

12) Para que a Contabilidade se torne um modelo de validade avaliador do desempenho de uma entidade, o que é necessário?

É preciso que o contador vá além da equação patrimonial e introduza em seus trabalhos as noções de valor, de custo de oportunidade, de valor do dinheiro no tempo, ou seja, que ele aprofunde a análise dos elementos patrimoniais.

13) O que é o patrimônio, objeto de estudo da Contabilidade?

Definido como um conjunto de bens, direitos e de obrigações para com terceiros, pertencente a uma pessoa física, a um conjunto de pessoas, como ocorre nas sociedades informais, ou a uma sociedade ou instituição de qualquer natureza, independentemente da sua finalidade, que pode, ou não, incluir o lucro.

14) O conhecimento contábil sobre o patrimônio é estático ou dinâmico?

A Contabilidade e seu objeto estão em constante desenvolvimento, como, aliás, ocorre nas demais ciências em relação aos respectivos objetos. Por esta razão, deve-se aceitar como natural o fato da existência de possíveis componentes do patrimônio cuja apreensão ou avaliação se apresenta difícil ou inviável em determinado momento.

15) Qual a diferença entre o enfoque econômico e o enfoque financeiro?

O adjetivo “econômico” é empregado para designar o processo de formação de resultado, isto é, as mutações quantitativo-qualitativas do patrimônio, as que alteram o valor do Patrimônio Líquido, para mais ou para menos, corretamente conhecidas como “receitas” e “despesas”. Os aspectos qualificados como “financeiros” concernem, em última instância, aos fluxos de caixa.

Referências:

Hernâni O. Carqueja Teoria da Contabilidade – Uma interpretação. Revista de Estudos Politécnicos / Polytechnical Studies Review, 2007, Vol IV, n.° 7, 007-040

Iudícibus, Sergio.Martins, Eliseu.Carvalho, L.Nelson. Contabilidade: Aspectos Relevantes da Epopéia de sua Evolução. R. Cont. Fin.-USP São Paulo, nº 38 p. 7-19, Maio-Ago 2005

Resolução 774 Conselho Federal de Contabilidade

10/06/2010

Significado do símbolo da Contabilidade – CADUCEU

Filed under: Teoria da Contabilidade — paulamendonca @ 11:54

Esse texto foi escrito por Luiz Carlos Vaini, que fez uma pesquisa através do Dicionário de Símbolos, de Juan-Eduardo Cirlot (Editora Moraes). Está disponível no portal Interativa Contabilidade.

Bastão entrelaçado com duas serpentes, que na parte superior tem duas pequenas asas ou um elmo alado. Sua origem se explica racional e historicamente pela suposta intervenção de Mercúrio diante de duas serpentes que lutavam, as quais se enroscavam em seu bastão.  Os romanos utilizaram o caduceu como símbolo do equilíbrio moral e da boa conduta; o bastão expressa o poder; as duas serpentes, a sabedoria; as asas, a diligência; o elmo é emblemático de pensamentos elevados. O caduceu é na atualidade a insígnia do bispo católico ucraniano. Do ponto de vista dos elementos, o caduceu representa sua integração, correspondendo o bastão à terra, as asas, ao ar; as serpentes à água e ao fogo (movimento ondulante da onda e da chama). A antigüidade do símbolo é muito grande e encontra-se na Índia gravado nas lápides de pedra denominadas “nagakals”, uma espécie de ex-votos que aparecem à entrada dos templos. Erich Zimmer deriva o caduceu da Mesopotâmia, onde o vê no desenho da taça sacrifical do rei Gudea de Lagash (2.600 a.C.). Apesar da longínqua data, o autor mencionado diz que o símbolo é provavelmente anterior, considerando os mesopotâmicos as duas serpentes entrelaçadas como símbolo do Deus que cura as enfermidades, sentido que passou à Grécia e aos emblemas de nossos dias. Do ponto de vista esotérico, a vara do caduceu corresponde ao eixo do mundo e suas serpentes aludem à força Kundalini que, segundo os ensinos tântricos, permanece adormecida e enroscada sobre si mesma na base da coluna vertebral (símbolo da faculdade evolutiva da energia pura).

Segundo Schneider, os dois S formados pelas serpentes correspondem à doença e à convalescença. Em realidade, o que define a essência do caduceu é menos a natureza e o sentido de seus elementos que sua composição. A organização por exata simetria bilateral, como a balança de Libra, ou na triunidade da heráldica (escudo entre dois suportes) expressa sempre a mesma idéia de equilíbrio ativo, de forças adversárias que se contrapõem para dar lugar a uma forma estática e superior. No caduceu, este caráter binário equilibrado é duplo: há serpentes e asas, pelo que ratifica esse estado supremo de força e autodomínio (e, conseqüentemente, de saúde) no plano inferior (serpentes, instintos) e no superior (asas, espírito). A Antigüidade, inclusive a grega, atribuiu poder mágico ao caduceu. Há lendas que se referem à transformação em ouro de tudo o que era tocado pelo caduceu de Mercúrio (observe-se a antecipação que a associação dos nomes determina, com respeito à alquimia) e a seu poder de atrair as almas dos mortos. Mesmo as trevas podiam ser convertidas em luz por virtude desse símbolo da força suprema cedida a seu mensageiro pelo pai dos deuses.

09/06/2010

Artigo 03

Filed under: Teoria da Contabilidade — paulamendonca @ 23:49

Olá!!!
Esse artigo trata de um tema que eu, particularmente, acho muito interessante e que pretendo fazê-lo objeto de estudo no futuro, a Semiótica Contábil. É muito importante que a linguagem contábil consiga atingir a todos os usuários de forma inteligível. O autor do artigo é José Maria Dias Filho, professor doutor da Faculdade de Ciência Contábeis da UFBA, e seu trabalho foi publicado na Revista de Contabilidade da UFBA, Janeiro/Abril 2009. Vejamos o que se segue.

Dimensões Semióticas da Contabilidade: Uma Abordagem da Teoria da Contabilidade

Concebendo a Contabilidade como linguagem de negócios, estudiosos sugerem que essa disciplina pode se beneficiar de conhecimentos da Semiótica para aprimorar o processo de produção e comunicação das informações contábeis. Em geral, argumenta-se que como a semiótica se dedica ao estudo de todas as linguagens, envolvendo suas dimensões sintática, semântica e pragmática, pode-se aproveitar esse tipo de conhecimento para subsidiar pesquisas destinadas a investigar problemas de evidenciação contábil, por exemplo. Mais particularmente, entende-se que a Semiótica pode fornecer metodologia útil para se interpretar relatórios e corrigir eventuais distorções que se manifestem no processo de geração e comunicação das informações contábeis. Ao nível sintático, procura-se compreender as informações contábeis à luz do conjunto de normas e princípios que regem a sua produção.
Ao nível semântico, o objetivo é verificar a fidelidade da representação, isto é, se existe correspondência entre as descrições alfanuméricas que integram as demonstrações contábeis e os atributos dos eventos que elas buscam representar. Finalmente, ao nível pragmático, a preocupação é verificar o grau de adequação das informações contábeis aos objetivos de seus destinatários.
A Teoria da Contabilidade realmente indica que as informações contábeis devem ser analisadas em três níveis distintos: sintático, semântico e pragmático. Ao nível sintático, o objetivo da análise é verificar se tais informações obedecem a um conjunto de regras significativas, de modo que o usuário das demonstrações contábeis possa compreender o seu sentido e suas limitações. Por exemplo, quando alguém se depara com a expressão LUCRO, é preciso que se tenha em mente que o valor a ela atribuído resulta de um agregado de parcelas positivas e negativas que se combinam sob determinadas regras. Uma dessas regras poderia ser o custo histórico como base de valor, custo de reposição, custo corrente corrigido e assim por diante. A depender do critério que se utilize na mensuração do resultado, os números e quocientes extraídos das demonstrações contábeis poderão assumir significados completamente diferentes. Daí a afirmação, frequentemente encontrada na literatura contábil, de que o conceito de lucro nem sempre é bem compreendido. Destaca-se que isso costuma acontecer porque regras como regime de competência, realização e confronto entre receitas e
despesas nem sempre são compreendidas, já que as mesmas não encontram correspondência com fenômenos do mundo real. No tocante à dimensão semântica, a semiótica nos recomenda avaliar se os termos empregados na evidenciação contábil despertam os significados pretendidos pelos produtores
das informações contábeis. Nesse particular, é preciso considerar que os símbolos utilizados na evidenciação contábil não transportam significados, como se poderia supor à primeira vista. Na verdade, os significados provêm da interpretação que se dê a tais símbolos. Significados não existem nas palavras, mas se constrói na mente dos indivíduos a partir de um conjunto de referências. Esse é um aspecto de particular importância no processo de evidenciação, pois sem informações contábeis significativas os investidores não podem avaliar riscos de maneira racional, desde que seus modelos decisórios contemplem o uso de informações dessa natureza, obviamente. Em sentido mais amplo, pode-se afirmar que os gestores teriam maior dificuldade de selecionar alternativas de ação racionais. Sob o ponto de vista da sociedade, em geral, é razoável admitir que limitações de ordem semântica na
evidenciação contábil poderiam até prejudicar o exercício da cidadania. Afinal, em tais circunstâncias, as demonstrações contábeis não podem servir, por exemplo, para avaliar a relação das organizações com o ambiente em que operam. Não podem permitir um bom entendimento do nível de contribuição que as empresas oferecem ao bem-estar social por meio de tributos ou, ainda, uma percepção mais clara das ações que tais empresas empreendem ou deixam de empreender para preservar os recursos naturais. Numa época em que as pessoas cobram mais transparência das organizações e começam a julgá-las por seu comportamento para com clientes, empregados, fornecedores
entre outros agentes igualmente relevantes para a continuidade dos negócios, o problema da compreensibilidade das informações contábeis, de fato, deve merecer maior atenção. Tanto mais quanto se ampliem os mercados e se desenvolvam tecnologias da informação. Nesse caso, compreensibilidade não apenas seria uma característica qualitativa da informação contábil, mas uma condição fundamental ao desenvolvimento de uma economia alicerçada em
princípios democráticos. Sob a dimensão pragmática, é preciso considerar que a informação contábil deve ser suficientemente relevante para melhorar a qualidade das decisões de seus usuários. Isto significa que deve haver compatibilidade em grau satisfatório entre o conteúdo dos relatórios contábeis e os objetivos de seus destinatários. Destas considerações, depreende-se que a informação contábil não possui um fim em si mesma, mas somente pode ser útil quando se apresenta em condições de melhorar a qualidade das decisões de determinados usuários. Aqui, temos a chamada relevância pragmática da informação contábil. De nada adianta, por exemplo, fornecer esta ou aquela informação se ela não for capaz de induzir os gestores a identificar e selecionar as melhores alternativas de ação. Por exemplo, se para determinado modelo decisório o ideal é mensurar estoques pelo custo de reposição, não importa que se utilizem índices de rotação de estoques ou de liquidez corrente baseados em custo histórico. Nesse caso, a informação estaria distante dos objetivos do usuário, ou seja, ficaria empobrecida no que se refere ao valor pragmático. Portanto, a semiótica nos ajuda a compreender que não basta oferecer aos diversos usuários da contabilidade um conjunto de informações quaisquer. Antes de tudo, é necessário identificar suas necessidades e seu modelo decisório para que de fato tais informações possam contribuir para melhorar a qualidade das decisões. De modo mais resumido, diríamos que a
informação relevante é somente aquela que pode agregar valor às decisões dos usuários. Em qualquer circunstância, é preciso considerar que a relevância da informação contábil é variável dependente da capacidade que ela tenha de motivar decisões compatíveis com os objetivos de seus destinatários.

Artigo 02

Filed under: Teoria da Contabilidade — paulamendonca @ 23:21

Oi!
Dessa vez o artigo é de um Conselheiro do CFC, Mário Cesar de Magalhães Mateus, técnico em Contabilidade, graduado em Direito, pós-graduado em Ciências Contábeis, MBA em Direito Tributário e sócio-diretor da Matur Organização Contábil Ltda. Seu artigo foi publicado no Jornal do CRC-MG de Março/Abril 2010.

Quem escreve a história do seu patrimônio?

Cultura, antropologicamente, é tudo aquilo que o homem cria. Tal habilidade, ao longo dos séculos, deu a ele recursos para defrontar-se com as hostilidades mais diversas, revertendo, pelo uso da inteligência, situações a que teria sucumbido se não fosse a sua capacidade de conceber, inventar, transformar e difundir o que aprendeu e criou.
Graças a essa faculdade de atuar sobre o mundo ao derredor, isto é, graças à capacidade de criar cultura, o homem, na Pré-história, abandonando a vida nômade, pôde fixar-se ao solo, à
margem de rios, e dedicar-se ao plantio e cultivo de cereais e outras plantas, quando se deu a chamada Revolução Agrícola, de importância facilmente imaginável: ao invés de andar de um
lado para o outro, o homem, então, não mais se sujeitava aos recursos esgotáveis representados pela caça, pesca e coleta de vegetais.
Com a agricultura e o pastoreio, o homem deixa de praticar a chamada economia predatória (caça, pesca e coleta de vegetais) e, na luta por melhores condições de vida, começa a produzir, inicialmente para suprir as necessidades do grupo. Mais tarde, com o aumento da produtividade, graças ao emprego das primeiras “máquinas” e “ferramentas”, os alimentos eram guardados ou trocados, implicando, pois, a necessidade de um sistema de controle que pudesse avaliar as “variações patrimoniais”.
Na história da Contabilidade, registros que datam de tempos remotos dão testemunho de como o homem, através dos séculos, teve necessidade de controlar os bens para melhor avaliar o seu patrimônio. Como diria o Prof. Dr. Antônio Lopes Sá, em seu Dicionário de Contabilidade, no verbete História da Contabilidade, “a nossa história é tão antiga quanto a própria História da Civilização. Está presa às primeiras manifestações humanas da necessidade social de proteção à posse e de perpetuação e interpretação dos fatos ocorridos com o objeto material de que o homem sempre dispôs para alcançar os fins propostos”.
Vejamos, em linguagem não técnica, como Francisco Fernandes, o grande conhecedor de língua portuguesa, conceitua o patrimônio: são os “bens, quaisquer que sejam eles, materiais ou morais, pertencentes a um indivíduo ou a uma instituição.” De forma precisa, temos aqui um
conceito claro e acessível para todos nós, detentores de pequenos, médios ou grandes patrimônios, naturalmente interessados em resguardá-los dos riscos de dilapidação e perda.
Contabilmente, o Prof. Dr. Hilário Franco assim define o patrimônio: “É uma grandeza constituída pelos bens, direitos e obrigações de uma pessoa ou de uma entidade. Podemos ainda defini-lo como conjunto de bens econômicos, ou conjunto de bens com fim específico.”
O objeto da Contabilidade é o patrimônio; logo, ainda segundo o Prof. Dr. Hilário Franco, a Contabilidade “estuda o patrimônio das entidades, registrando todos os fatos nele ocorridos, para demonstrar, a qualquer momento, seu estado e suas variações.”
Vê-se, consequentemente, que “a existência da Contabilidade decorre, pois, da necessidade de se conhecer e controlar os componentes e as variações de um patrimônio, que é a riqueza, individual ou coletiva, imprescindível à satisfação das necessidades do homem e para sua vida em sociedade.”
Assim como a história da humanidade estuda o passado, permitindonos, destarte, melhor compreender o presente, a Contabilidade, com os seus registros – expressando as variações
patrimoniais – escreve, com técnica e rigor científico, a história do patrimônio, pois, acentua o Prof. Dr. Hilário Franco, não nos “seria possíve lconhecer o passado nem o presente da vida econômica da entidade” e – o que é relevante e de extrema importância nessa hora de tantas mudanças – não seria “também possível fazer previsões para o futuro, nem elaborar planos para a orientação administrativa.”
Quem escreve esta história que possibilita interpretar e melhor compreender as variações patrimoniais? Quem escreve esta história é o Contabilista, o profissional que, reunindo a técnica e a ciência contábil, procede aos “registros de fenômenos patrimoniais”, nos quais “todos os fatos são interligados de forma a demonstrar a situação do patrimônio e suas variações.”
Pela escrituração, faz-se o registro racional e científico de todos os fatos ocorridos. Fato após fato, vai-se escrevendo a história do patrimônio. Portanto, quando se faz uma retrospectiva, examinando-se os registros históricos, e se vê o longo caminho trilhado na persecução dos objetivos, nada mais justo e natural do que o sentimento de realização e conquista ao saber que o patrimônio está em ascendente fase de produção. Nada melhor – todos o admitem – que um balanço espelhando dados positivos e com perspectivas de se fazerem ainda mais vantajosos no próximo exercício. No balanço, síntese histórica desses fatos, “que é uma demonstração sintética do estado patrimonial de uma empresa ou de uma entidade”, conforme conceitua o Prof. Dr. Antônio Lopes Sá, são fornecidas, dentre outras importantes informações, as “bases para previsões e planos”.
Desse modo, a história patrimonial é escrita. Pela aplicação de métodos científicos e racionais, o Contabilista – o historiador de seu patrimônio – registra os fatos importantes, os fatos históricos, e trabalha para que você tenha os dados e os meios que lhe permitem, vantajosamente, prever situações e mudar as táticas, ajustando-se ao mercado para competir com as vantagens da informação precisa na hora exata.

Princípios Contábeis

Filed under: Teoria da Contabilidade — paulamendonca @ 22:46

Olá! =)
Conforme eu disse no post Surgimento da Contabilidade, falarei um pouco sobre os Princípios Contábeis. Vamos lá!

Os Princípios Fundamentais da Contabilidade, PFC, são o núcleo central da ciência contábil, a viga-mestra que sustenta a Contabilidade e dita suas verdades. Eles são universais e valem em qualquer circunstância, não sendo passíveis de hierarquização.
Uma consideração pertinente é o fato de os PFC não serem diretivas de natureza operacional, ou seja, eles não mostram “como fazer”, mas sim fornecem base para que as normas mostrem tais técnicas e procedimentos. Dessa forma, os PFC preexistem às normas, pois eles fundamentam e justificam a ação. Os princípios estão listados abaixo de forma resumida:

Princípio da Entidade
A entidade é autônoma em relação ao patrimônio a ela pertencente, ou seja, ele jamais pode ser confundido com o de seus proprietários.

Princípio da Continuidade
A vida da empresa é algo em andamento, que não tem data para terminar, é contínuo.

Princípio da Oportunidade
As transações nas demonstrações contábeis devem ser registradas oportunamente na data em que ocorrerem.

Princípio do Registro pelo Valor Original
Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelo valor original de transação com o mundo exterior, expressos na moeda do país.

Princípio da Atualização Monetária
As demonstrações devem conter a perda do poder aquisitivo da moeda, ao longo do tempo.

Princípio da Competência
As receitas devem ser reconhecidas quando forem realizadas, independente do recebimento, enquanto as despesas devem ser reconhecidas independente do pagamento, ou seja, ambas devem ser reconhecidas no período ao qual pertencem.

Princípio da Prudência
Na elaboração das demonstrações, todas as despesas devem ser provisionadas, mas as receitas nunca devem ser antecipadas.

Para saber ainda mais sobre esse importante tópico da Teoria da Contabilidade, acesse o portal do Conselho Federal de Contabilidade e procure a Resolução CFC nº 774/94.

Até mais!
Obrigada,
Paula M.

Artigo 01

Filed under: Teoria da Contabilidade — paulamendonca @ 14:31

Pessoal, o autor deste artigo é o Wenner Gláucio Lopes Lucena, ele é professor da Universidade Federal da Paraíba(UFPB) e mestre em Contabilidade pela UnB. Seu artigo foi publicado na Revista Contábil e Empresarial Fiscolegis. Vamos ver o que ele diz.

Evolução Histórica e desenvolvimento da Teoria Contábil

Resumo
O artigo procura expressar a evolução histórica e desenvolvimento da contabilidade através do relato do que aconteceu no mundo antigo até os dias atuais, nos quais a nossa contabilidade hoje é baseada e fundamentada na Contabilidade Americana.
Nesse período, culminaram-se vários estágios da contabilidade e um deles alguns autores costumam chamar de era da Estagnação, mas, o maior e mais representativo momento da contabilidade foi a partir da queda da Bolsa de New York, quando o mundo percebeu que para se controlar o patrimônio de qualquer empresa era necessário saber de contabilidade.
A contabilidade cada vez mais se figura no âmbito científico, pouco importa se ela seja ciência, técnica ou arte, devemos caminhar em busca do melhoramento da mesma, ou seja, procurar fazer um exame do patrimônio sob o ângulo de diversas necessidades e não apenas, do lucro ou da liquidez, como se destacava antes.

Palavras-chave: Evolução Histórica, Teoria Contábil e Contabilidade Internacional.

Contextualização
O surgimento da contabilidade se deu em virtude dos povos antigos, que conseguiram entender e buscar novas formas para explicar o desenvolvimento de seus conhecimentos, os árabes, gregos e indianos possuíram verdadeiras influências com relação à contabilidade.
É bastante difícil precisar quem teve o mérito de dar o nascimento das contas. Encontram-se leis comerciais e informes contábeis em Nínive (Babilônia), uns 3000 anos antes de J.C. O perito era o então escriba que anotava sobre tabelas as transações importantes e as legalizava com sua firma.
Parece ser o fisco o criador do controle contábil no Egito. No tempo dos faraós, a questão importante era controlar, estavam encarregados desta missão superintendentes de grãos e se respeitavam esses encarregados quando conseguiam prestar contas favoráveis ao soberano. O perito daquele, anotava as entradas e saídas dos grãos que indicavam os criadores. Estes peritos, especialmente educados nos templos, eram considerados, em tempos felizes, como dignos de ocupar os postos de maior categoria do Estado.
Em Atenas havia, há mais de 300 anos antes de J.C, uma instituição para vigiar as finanças públicas, o Colégio de Lojistas, que foi criado para verificar as contas dos fraudadores públicos e exigir responsabilidades aos funcionários pouco dedicados. Todavia, existia um colégio de revisores formado por dez comissários atenienses, elegidos pelo povo, e que estavam encarregados de verificar as contas dos magistrados que deixavam o cargo.
É igualmente em Atenas onde, pela primeira vez, 400 anos antes de J.C prescrevia a Lei da Obrigação de publicar as contas das associações.
A história prova que na Idade Média existia um denominado “Livro Secreto”, dentre os muitos outros livros que se adotavam. Alguns deles chegaram até os nossos dias e nos confirmam toda essa confiança, pois não só em tal livro estavam as confidências dos negócios como até o registro de nascimento de filhos dos comerciantes. O que um sócio pagava por conta de outro, as despesas da família, as particularidades da vida dos empresários medievais, os acertos de contas da sociedade, eram inscritos no “Livro Secreto”.
Naquela época a escrita era inviolável e os empresários podiam manter seus sigilos. Só eles e os contabilistas conheciam as particularidades da vida intima dos sócios.
É preciso esperar o fim da Idade Média para encontrar rastro de um controle solvente. É a Itália, nesta época, o País da contabilidade. Ao começar o século XIII, Pisa tem seu revisor oficial. Então, a contabilidade era com freqüência levada por duas pessoas distintas.
Este procedimento se estendeu rapidamente, pois os encontramos na Grãn Bretânia, no Ministério da Fazenda. Um livro era levado pelo tesoureiro; outro pelo secretário e um terceiro, por um representante do rei.
Alguns autores fazem remota a origem das contas pelas partidas dobradas a 1340. Em todo caso, os primeiros documentos de uma contabilidade completa pelas partidas dobradas estão constituídos pelos livros dos irmãos Soranzo de Gênes, em 1406. Depois disto, se encontram contas chamadas Capital e Perdas.
O primeiro tratado de contabilidade(1494) está contido na obra de Luca Pacioli, da cidade do Santo Sepulcro, província de Arezzo, em Toscana; tratado de Aritmética, Geometria, Proporção e Proporcionalidade.
Os fatores que influenciaram a formação e desenvolvimento da contabilidade foram os seguintes:
• O maior uso do dinheiro como elemento de compra em substituição dos procedimentos antigos de troca.
• A época do Renascimento, no século XV, que impulsiona a contabilidade, como impulsionou outras ciências e artes mediante a publicação de vários livros sobre a matéria.

Desenvolvimento da Teoria Contábil
A contabilidade ganhou muitos adeptos e floresceu na Itália, através dos grandes pensadores e a partir de então, foi se desenvolvendo durante os tempos. Por isso muitas vezes dizemos que a Itália é o berço da contabilidade.
A contabilidade no final do século XV sofreu um processo de estagnação, isso se deu principalmente por causa da descoberta das Américas que terminou delimitando novos caminhos e horizontes para o comércio. E como sabemos veio a Revolução Industrial, os Estados Unidos apareceram como um país emergente e se transformaram num referencial em contabilidade até os dias de hoje. E em virtude desse desenvolvimento o sistema contábil passou a atender as empresas industriais que perpetuaram no nosso mundo.
Um dos males básicos em contabilidade e que muito tem retardado o avanço de nosso conhecimento tem sido a supervalorização que se deu e se dá ao registro e a informação.
A técnica contábil, no século XVI, chegou ao Brasil através de Portugal e depois da Espanha.
Em seguida a Revolução Industrial e a formação das empresas de Sociedades Anônimas a contabilidade sentia a necessidade de ter alguém que olhassem para elas, foi então que começou a surgir à profissão contábil através das associações.
Foi então que os Estados Unidos despontou como uma das grandes nações que tratam da contabilidade, e com seus órgãos e normas estabelecidas se fortaleceram e fizram do país um grande referencial para o mundo.
A crise da Bolsa de Valores de New York, desencadeou uma série de processos que de certa forma serviu para consolidar as práticas contábeis, depois da queda, o mercado financeiro criticou severamente os contadores, graças ao AIA ( Instituto Americano de Contadores) foi criada uma comissão especial que em conjunto com as Bolsas de Valores impuseram, segundo Hendriken e Breda (1999) … a partir de 1 de julho de 1933, 89 anos após a introdução do dispositivo semelhante na Grã-Bretanha, a todas as empresas que solicitassem registro na bolsa que fornecessem demonstrações financeiras acompanhadas de pareceres de auditores.
A partir de então, a contabilidade, pode ser vista com outros olhos, e aceita perante uma economia que estava sendo constituída.
Surgiu o questionamento com relação à contabilidade, as empresas buscando a todo o momento o lucro e cada vez mais se sentia a necessidade da formação dos princípios contábeis para fortalecer os contadores e que pudessem melhor orientar as empresas.
A cada período que passava ou Era que chegavam os órgãos se fortalecia e ganhavam destaque, foi assim que se deu o processo de padronização e normatização contábil.
Na verdade a contabilidade tomou corpo e ganhou um certo prestígio dentro das empresas quando conseguiu elencar, ou seja, enunciar seus postulados e princípios contábeis.
A contabilidade no Brasil tem muita base dos americanos através de seus órgãos regulamentadores tais como: o FASB (Conselho de Padrões de Contabilidade Financeira), USGAAP (Princípios Contábeis Geralmente Aceitos nos Estados Unidos), AAA (Associação Americana dos Contadores), entre outros.
A linha de pensamento americano passou adotar como modelo principal de sua contabilidade a sua geração de informações para tomada de decisões de seus usuários.
O FASB passou a evidenciar e traçar cada vez mais os padrões contábeis, sempre procurando fornecer informações que sejam úteis para seus usuários.
Percebe-se que o grau de avanço da contabilidade esta intimamente ligado ao desenvolvimento econômico no mundo.
Com o passar do tempo, a contabilidade foi se desenvolvendo e existem até hoje grupos de pessoas que criticam a contabilidade por uma série de razões como, por exemplo: os custos deveriam ser analisados sob o ponto de vista da oportunidade e não como histórico; busca-se se fundamentar em fatos passados e não em uma projeção futura; a informação muitas vezes se torna irrelevante.

Considerações Finais
A contabilidade cada vez mais se figura no âmbito científico, pouco importa se ela seja ciência, técnica ou arte, devemos caminhar em busca do melhoramento da mesma, ou seja, procurar fazer um exame do patrimônio sob o ângulo de diversas necessidades e não apenas, do lucro ou da liquidez, como se destacava antes.
A visão científica precisa ser mais determinística, sistemática e não se deter a meras discussões da nossa ciência; isto exigirá aperfeiçoamento intelectual do profissional e uma educação com grande base de conhecimentos científicos.
O referencial conceitual tenta trazer questões relacionadas às informações contábil levando em consideração a materialidade, a relevância, a consistência de como são apresentados a seus usuários proporcionando mais benefícios do que custos.

Referências Bibliográficas
BAUDE, J. ? Tratado de Control y Revision Contables, ediciones Aguiar, S.A 1969
HENDRIKSEN, E. S. e BREDA, M. F. V. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 1999. Capítulos do 1 ao 5.
IUDICIBUS, S. Teoria da Contabilidade. 6° Edição. São Paulo: Atlas, 2000. Capítulo 2.
MOST, K. Accounting Theory. Ohio: Grind, Inc. 1977. Capítulos do 1 ao 2.
SÁ, Antônio Lopes de ? As origens da Contabilidade edição UNA, Belo Horizonte, s/d.
_________________, História da Contabilidade, vol. I, II e III, editora Presidente, Belo Horizonte, 1960-1961.
_________________, A Classificação Científica da Contabilidade, Revista do Conselho Regional de contabilidade do Rio Grande do Sul. Porto Alegre (25): 5-8, 1980
_________________, Fundamentos Lógicos da Ciência Contábil. Revista Brasileira de Contabilidade, Rio de Janeiro (52): 21-30, jan/mar 1985
SCHIMIDT, P. História do Pensamento Contábil. Porto Alegre: Bookman, 2000. Capítulo do 1 ao 4.

19/05/2010

Frases Sábias

Filed under: Teoria da Contabilidade — paulamendonca @ 00:04

Estão abaixo duas frases que o Prof. Dr. Alexandre Bossi nos passou no primeiro dia de aula, e que devem nos acompanhar sempre!

“Aquele que se enamora da prática, sem a ciência, é como o navegante que entra no navio sem timão e bússola, que jamais tem a certeza de onde vai. Sempre a prática deve ser edificada sobre uma boa teoria.” Leonardo Da Vinci

“Toda teoria deve ser feita para poder ser posta em prática, e toda prática deve obedecer a uma teoria. Só os espíritos superficiais desligam a teoria da prática.” Fernando Pessoa

Até o próximo!
Paula M.

18/05/2010

Surgimento da Contabilidade

Filed under: Teoria da Contabilidade — paulamendonca @ 23:56

Existem indagações a respeito do surgimento da Contabilidade, no que tange à sua genética.
No ensaio “Contabilidade: Aspectos Relevantes da Epopéia de sua Evolução”, de Sérgio de Iudícibus, Eliseu Martins e L. Nelson Carvalho, os autores destacam que o surgimento da ciência em questão se deu, em um primeiro momento, devido ao espírito capitalista que exigia um controle e acompanhamento da riqueza patrimonial, ainda no século XIII. A partir de então, a Contabilidade foi adquirindo, no decorrer do século XIX, caráter científico, baseado nos raciocínios.
A linha que defende a genética gerencial da Contabilidade, apega-se ao fato de que, em seu surgimento, não havia ainda separação entre proprietário e gerente da entidade. O dono era também o gerente e os interesses eram comuns. Essa situação modificou-se substancialmente a partir do século XVIII, onde o gerente passou a ser agente diferente do proprietário, situação ainda mais evidenciada com o surgimento das SA’s.
Com essa mudança, a Contabilidade viu mais uma evolução, e em meados do século XX, surge a Teoria da Agência, que evidencia a divergência de interesses e anseios entre esses dois importantes agentes e tem como objetivo fazer com que, cada vez mais, esses interesses se alinhem. Tal Teoria é demasiadamente importante e merece um post especial, em breve!
Voltando ao século XIII, especificamente em 1494, um famoso estudioso matemático, Frei Luca Pacioli, escreveu um livro – Summa de Arithmetica, Geométrica, Proportioni et Proportionalitá – no qual uma das seções tratava do método das partidas dobradas, a essência da Contabilidade, onde para um lançamento de débito, sempre haverá um crédito correspondente, ou seja, não há débito sem crédito correspondente.

Frei Luca Pacioli

A Contabilidade foi evoluindo à medida que os tempos evoluíam, as organizações se tornavam maiores e mais complexas, fazendo-se mais necessária a cada dia. Do sistema de escrituração das partidas dobradas, ela passa a ser um sistema complexo, munido de dados e transformando-os em informações relevantes para a organização e seus usuários. Informações relevantes e indispensáveis para a vida das empresas.
Toda ciência tem, em seus fundamentos, base teórica para amparar sua aplicação prática, e com a Contabilidade não é diferente. A Teoria Contábil, assunto desse blog, disciplina a escrituração contábil e a elaboração de suas demonstrações, fornecendo base para a prática contábil através, principalmente, dos Princípios Contábeis regulamentados pela Resolução 774/94, do Conselho Federal de Contabilidade. Esse assunto será tratado no próximo post!
Até lá!
Obrigada!
Paula M.

29/04/2010

O início de tudo !

Filed under: Teoria da Contabilidade — Tags: — paulamendonca @ 15:40

Olá pessoas! Meu nome é Paula e sou estudante de Ciências Contábeis da Una, atualmente no 2º período. Estou adorando o curso e este blog é um trabalho! Não no sentido de ser trabalhoso, mas de ser uma atividade dada pelo caríssimo Professor Dr. Alexandre Bossi, que leciona a discilpina de Teoria da Contabilidade, que ele tanto ama e está fazendo com que nós, alunos, passemos a gostar também!

Meu objetivo aqui é divulgar artigos sobre Teoria da Contabilidade, bem como notícias, perguntas, bibliografias, curiosidades e demais informações sobre o tema. Espero que todos gostem, em especial o Professor, que está avaliando tudo!

Pretendo começar falando sobre o início da Contabilidade (método das partidas dobradas-sim!), seu registro, seus avanços e sua base teórica, claro, que é a viga-mestra desta Ciência!
Em nossa primeira aula, Alexandre deixou claro que não há como desvencilhar a prática da teoria, em Ciência alguma, frisando que uma deve andar conjuntamente com a outra para que haja eficácia e eficiência.
Buscando trazer esse conceito para o mundo real, pretendo falar um pouco sobre os Princípios Contábeis, no início. Após, serão publicados aqui alguns artigos, um deles escrito por mim, bem como algumas perguntas pertinentes (FAQ – Frequently Asked Questions)  sobre a Teoria da Contabilidade.

Bom, então vamos lá!
Um abraço a todos e muito obrigada!
Paula M.

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